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Fotógrafa Bruna Ferreira posando para um retrato.
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Com o passar das décadas, muitas mulheres se voltaram contra a opressão e lutaram por seus direitos. Cada vez mais, o sexo feminino passa por um processo de reconhecimento e aceitação, que contribui para o empoderamento feminino e por uma vida mais feliz, longe de estereótipos. Algumas pessoas mostram, todos os dias, que mulheres precisam e merecem um reconhecimento melhor. Esse é o caso da fotógrafa rio-pretense de 20 anos, Bruna Ferreira, que utiliza a arte para valorizar a naturalidade da mulher.
Trabalhando com retratos femininos, Bruna conta que passou por uma jornada até descobrir sua paixão fotográfica. Segundo a fotógrafa, o interesse começou com uma câmera analógica de seu ex-padrasto, que só podia ser utilizada pelo mesmo. “Fui entrar em contato com a fotografia novamente dois anos depois. Acabei lendo o texto: ‘este texto tem mil palavras’, uma propaganda da Kodak falando sobre uma fotografia. Eu que sempre li muito, fiquei encantada com a forma que se pode imaginar uma cena fotográfica. Penso que foi naquele momento que eu descobri o que gostaria de fazer”, conta.
Aos 13 anos, Bruna começou a fotografar com um celular e uma câmera de 2.0 megapixels. Aos 17, ganhou de seu avô a câmera que permitiu que ela pudesse fazer seu primeiro curso voltado para a fotografia. Aos 18, realizou o sonho de trabalhar em um estúdio e ter contato direto com vários fotógrafos do mercado. Foi nesse emprego que a fotógrafa descobriu a fotografia de retratos femininos. “Eu me lembro que estava fuçando no site FUI (Fotografe Uma Ideia), quando li uma matéria falando do trabalho do Juliano Coelho, o primeiro fotógrafo que criou uma Escola de Retratos no Brasil. Eu achei incrível a forma que ele retrata mulheres e aquilo me cativou desde o primeiro momento”, comenta Bruna.
A decisão em trabalhar com retratos femininos partiu após uma palestra com a fotógrafa paulista Susi Godody. A partir daí, Bruna começou a autorretratar-se e retratar outras mulheres, e percebeu como os retratos poderiam ajudar a superar a baixa autoestima.
A fotografia de Bruna busca retratar a mulher em sua forma natural e ajudá-la a se aceitar como é, sem nenhum tipo de estereótipo de “mulher ideal”. Esse trabalho contribui para que mulheres se sintam mais felizes e fortes, capaz de serem felizes como são. “Comecei a procurar quebrar os padrões da sociedade, que sempre nos prega a perfeição da mulher. Percebi que não é isso o que queria mostrar com o meu trabalho, mas sim a simplicidade de ser mulher, de se aceitar, de se amar, de se reencontrar consigo mesma e de se aceitar em tudo”, explica.
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Retrato de Nayane Spigoti, por Bruna Ferreira.
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Os impactos de um retrato feminino, podem ser totalmente positivos para mulheres que se sentem infelizes quando se olham no espelho. Esse foi o caso da Nayane Spigoti, que teve mudanças sobre si mesma após fotografar com Bruna. “Eu estava passando por uma fase em que gostaria muito de me enxergar com outros olhos, enxergar o que eu não estava vendo no espelho. Foi daí que encontrei o lindo trabalho da Bruna! E era exatamente o que procurava, pois ela retrata a mulher como ela é, com sua beleza natural e uma leveza incrível!”, conta.
Nayane disse também, que Bruna manteve uma relação carinhosa e amigável durante todo o ensaio, e que foi criado um laço de amizade entre as duas que dura até hoje.
A fotógrafa mantém uma relação amistosa com as mulheres que são retratadas por ela, justamente por ser algo feito para o bem estar da mulher. “Às vezes defino meu trabalho ‘Para Elas’, pois é uma coisa que faço totalmente para a mulher, de mulher para mulher. Eu quero dar a liberdade e o amor próprio, dar a aceitação, quero que elas percebam o quanto são especiais e maravilhosas, o quanto são incríveis. Eu acho que o meu trabalho passa isso para as mulheres que eu retrato e que ainda não retratei”, afirma.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Bruna: www.brunaferreira.com.br
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